Ainda que tenhamos consciência
de como a vida passa rápido, não somente pelo que ouvimos, mas pelo
que vamos constatando na somatória de nossos dias, meses, anos, é interessante atentar como esta conclusão nos atinge quando a dinâmica da vida nos
revela que estamos envelhecendo.
Por
mais que estejamos atentos ao ciclo da vida, vendo pessoas que conhecemos
crianças, se formando, se casando, tendo filhos, mais cedo ou mais tarde nos assustamos. Nosso corpo, nossa
mente, nossas emoções, tudo chega de uma só vez para dizermos que a
potencialidade da vida está diminuindo... se esvaindo... se esgotando. E uma
sensação de inquietude toma conta de nós enquanto concluímos que a vida parece
ter passado rápido demais.
E
concluir isso significa também ter que concluir muitas outras verdades, que talvez não tenhamos feito o que deveríamos ter feito ou que
perdemos tempo investindo em coisas ou situações que agora parecem
completamente fora de foco ou importância. Também nos perturba incrivelmente pensar
que “já não há caminhos para voltar” ou pelo menos, tentar voltar.
A
dimensão do que deixamos para um depois que não vimos chegar, cresce de forma
assombrosamente assustadora e nos perguntamos o que ainda podemos resgatar? E
todo este processo culmina com a pergunta dilacerante: minha vida valeu a pena?
Terá realmente significado, feito a diferença, ter vivido como vivi e com quem
partilhei minha existência?
Tentar
encontrar respostas que acalmem o coração de todos aqueles e aquelas que estão
diante desta fase do ciclo da vida, é o meu desejo, que embora ainda
tenha apenas 40 anos, e até o atual momento da maturidade tenha convivido com muitas pessoas e situações, amado a Deus e a todos com quem convivi, até mesmo meus adversários, aprecio estar com pessoas que se encontram no
entardecer da existência. Que esse desejo possa vir de encontro às nossas necessidades, aliviando assim o “Fardo do Envelhecimento”. A gente se fala...