Quem sou eu

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Sou casado, pai, cristão protestante. Formado em Pedagogia pela Universidade do Vale do Sapucaí - UNIVÁS, em Pouso Alegre, Pós-Graduado em Psicopedagogia Institucional pela Faculdade de Administração e Informática - FAI, em Santa Rita do Sapucaí, e Especializado em Políticas Públicas pela UFSC, em Florianópolis.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O serviço público nas veias...


No próximo dia 28 de outubro comemora-se o dia do servidor público. Justa e merecida homenagem a todos os que, no esmero de suas funções, honram o cargo de SERVIDOR PÚBLICO.
Sou filho de servidores públicos, federais, e tenho orgulho de dizer que o sou também, pois tenho a extrema certeza de que desempenho em minhas funções o máximo e realizo em nome do bem comum todas as minhas tarefas. E é por este orgulho de servir a comunidade, e por fazer parte desta categoria tão sofrida e tão achincalhada pela mídia, que esta semana presto esta singela homenagem através de nosso Blog.
O Dia do Funcionário Público é comemorado nesta data porque foi no dia 28 de outubro de 1952 que o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 1.711, regulamentando as relações entre a União e a categoria dos servidores.
Hoje temos mais a lamentar do que a comemorar. Nossa categoria, seja na esfera federal, estadual ou mesmo aqui em Cambuí, tem muitas atribuições, e poucos direitos. Nossos salários vêm defasando ano após ano. Reajustes dignos ficam para os nossos sonhos... Planos médicos e assistência digna para nós e nossas famílias, estes nem em sonhos... Quando a máquina está bem, funciona, não somos lembrados nem repartem conosco os louros da vitória. Mas quando existem problemas e crises, é sempre o funcionário público o culpado, e quem ‘paga o pato’ no fim.
Não quero aqui também tampar o sol com a peneira e esquecer que existem sim os maus profissionais, responsáveis por ‘colocar o paletó na cadeira e sair pra dar uma volta’, ‘ficar fumando e dando risada’ ao invés de trabalhar. Estes são os responsáveis por nossa categoria não ser respeitada e pela sociedade de um modo geral olhar com desprezo para o funcionalismo.
Sejam em instituições federais, estaduais ou municipais, o funcionário público é responsável pela manutenção e pela organização dos serviços prestados. Ou seja, somos essenciais para o bom funcionamento da ‘coisa pública’. E não é de hoje não... Ainda na antiga Roma, os cônsules, funcionários públicos por excelência daquela época, viviam sob o seguinte apelo: “Vide ant consules ne quid res publica detrimenti capiat”, que significa: Providenciem os cônsules para que a república não seja prejudicada.
Em 1990, quando surgiu o Estatuto dos Servidores Públicos, é que realmente a nomenclatura “funcionário público” foi substituída por “servidor público”. A essência da idéia de um servidor público parece ser exatamente a de velar pelo bem público. Na verdade, ao assumir essa condição, todos nós passamos a cumprir com os deveres segundo uma espécie de código de honra que vai além das normas da lei. Está na alma de cada um, ou pelo menos deveria estar...
A própria lei orgânica dos servidores públicos costumava ser chamada ‘estatuto’ porque trata de uma relação muito especial de trabalho, aquela dos que cuidam do interesse público.
O bom servidor público sempre encara seu estatuto como um conjunto de regras que lhe compete cumprir. A esse código legal, geralmente acrescenta-se outro, de natureza moral, que lhe permite compreender valores livremente incorporados à sua conduta, tais como o senso de justiça, o espírito público, o sacrifício pelo bem comum, a sua coragem, o desprendimento, o respeito e a honra.
Isso pode parecer utopia para alguns, mas não é. Isto representa nada mais do que o fundamento primeiro do serviço público. Em tempos como os que correm, insisto na necessidade de se reconhecer o valor dos que servem à comunidade, em todos os lugares e funções.
A todos os servidores públicos deste Brasil, e em especial aos servidores da Prefeitura Municipal de Cambuí, o meu carinho, respeito e gratidão. Parabéns por nosso dia. A gente se fala...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Salvem Cambuí...

            Após ouvir muitas pessoas de minha convivência diária, amigos do futebol, irmãos da igreja, colegas de trabalho, parentes e tudo o mais, e refletir sobre suas angústias e desejos em relação a nossa cidade, esta semana resolvi fazer uma análise crítica sobre estas questões, uma visão geral de quem atua no serviço público, auxiliando o trabalho de tantas áreas de nossa querida Cambuí.
E para isso vou me utilizar da letra, com todo o respeito ao autor da mesma, do Hino de Cambuí, e a partir deste, discorrerei minhas idéias. E convido você leitor de nosso Blog a fazer o mesmo, concordando ou não.
 “Cambuí querida terra idolatrada... pedaço mais feliz do Sul de Minas...”. Pois é, não há como negar que somos sim o pedaço mais feliz do Sul de Minas. Uma gente alegre, irreverente, ‘festeira’, que gosta de uma roda de papo, um bom petisco e uma boa música. Mas muitas vezes essa felicidade é canalizada para um lado obscuro e se resumem em coisas passageiras como a bebida, drogas, vandalismo, e a falta de respeito para com a nossa cidade e nosso povo. Há felicidade e prazer além da ‘zoeira’... basta descobrir. E nossos jovens principalmente precisam de opções de lazer que lhes tragam a chance de descobrir que a vida careta também é legal e interessante.
És bela, és boa, és rica e abençoada... E tens o encanto das regiões divinas...”. Sem dúvida, se comparamos nossa região em questão das belezas naturais, ou então das oportunidades para as pessoas, até mesmo as menos favorecidas, veremos que Cambuí é abençoada por natureza... Nossas taxas de desemprego, apesar de existentes, são menores que a taxa nacional. E tantos outros problemas sociais que assolam a sociedade brasileira ainda não se fazem sentir em nossa “Cambuizinha”... mas nem por isso devemos acomodar na zona de conforto. Afinal de contas, também não está tudo bem. Temos um sério problema, reflexo de nosso país, que é a violência. Quando cantamos o Hino de Cambuí, podem pensar que estamos mesmo é gritando por socorro: “Salvem Cambuí, terra querida...”. É necessário que nossas autoridades tomem uma posição em relação a este problema e rápido, antes que seja tarde.
O solo teu, fecundo, em farta messe... Nos dá conforto e paz, nos dá riqueza...”. Temos em nosso território, a maior parte do mesmo sendo compreendido pela zona rural. O campo deveria ter o predomínio quando analisássemos as atividades que mais empregam e geram renda, mas não é isso que vemos. Vemos nossos jovens oriundos dos bairros produtores vindo cada vez mais para a cidade e abandonando a história de vida de suas famílias. E isso ocorre por quê? Por que falta incentivo ao meio rural? Por que falta incentivo ao jovem do campo para aprender sim na cidade e depois levar este conhecimento para ser aplicado nas propriedades? O certo é que o solo tão rico e abençoado de nossa cidade muitas vezes é esquecido e o conforto paz e riqueza que o mesmo poderia proporcionar ficam em segundo plano.
E vigorosa e ardente a natureza... em frondes, flores, frutos se enriquece...”. Nossa natureza possui belezas únicas, como o Maciço do Cruzeiro, a Cachoeira dos Fonseca, a Pedra da Onça, entre outros pontos, sem nos esquecermos nunca da área verde dentro da cidade que é a nossa Matinha Municipal, uma espécie de respiradouro natural, que fornece ar puro e oportunidade de contato com o meio ambiente, mas que vem sendo colocada de lado, e tratada apenas como patrimônio ou bem público. É preciso investir em proteção a estas e outras belezas naturais de Cambuí, para que as gerações futuras possam desfrutar de uma natureza vigorosa e ardente, mas sem ser pelas chamas das incansáveis queimadas ilegais.
Os filhos teus são bons e laboriosos... E são assim na vida - honrando a ti...”. Apesar de ser nascido em Cambuí, por muito tempo estive longe, em outras regiões do país, por conta de estudos e trabalhos, oportunidades que me foram dadas graças a Deus, e aos meus pais. Mas só quando voltei meus olhos para o Sul de Minas e para nossa querida Cambuí, é que me descobri de verdade. E tento todos os dias recuperar através do trabalho atuante junto à comunidade, o tempo que estive longe deste manancial de gente alegre, onde a cultura fervilha como que por instinto. Assim são os filhos de nossa cidade, mesmo aqueles que estão distantes por causa maior, nunca se esquecem... Homens como José Nascimento, o qual este ano é comemorado o centenário de maneira póstuma, e tantos outros que lutaram para que Cambuí fosse conhecida e reconhecida não podem ser esquecidos.
Salve, Cambuí, Terra querida...! A nossa vida Será por ti...!”. Por fim, termino este olhar crítico fazendo meu pedido de atenção por nossa terra... Salvem Cambuí, façam por Cambuí, e dêem chance e oportunidade para que as próximas gerações conheçam a história de uma cidade que merece o título de Pedaço mais feliz do Sul de Minas... A gente se fala...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Política: a falta de opção...

É incrível como nos últimos anos nossas opções para escolher aqueles que nos representam tem sido cada vez piores. Seja para o executivo, ou no legislativo, as opções vêm caindo de nível, e temos que escolher entre o ‘menos pior’ para votar.
O retrato espantoso deste descontentamento com aquilo que nos é oferecido, é o fato do palhaço ‘Tiririca’ ter sido eleito para a Câmara Federal com uma votação expressiva de mais de 1 milhão e 300 mil votos, no maior e mais importante estado da união... E podemos citar outros nomes eleitos pelo Brasil afora como o artilheiro do ‘tetra’ Romário, o ex-atacante Marques do Atlético Mineiro, o ex-goleiro do Grêmio Danrlei, além de atores, apresentadores de TV, ex-BBBs, e outras figuras esdrúxulas.
A reeleição, ou tentativa, de vários chefes do poder executivo em todas as esferas, federal, estadual ou municipal, é fruto não do contentamento com as administrações realizadas por estes políticos, mas pela falta de renovação na classe política brasileira, e a conseqüente falta de opção que enfrentamos hoje.
Temos marionetes forjadas pelo pseudo-sucesso do antecessor, temos a insistência estúpida de outros pelo sonho de alcançar o poder, e o pior de todos, temos aquele ‘bonzinho’, que não é corrupto, é trabalhador e honesto, porém não tem capacidade de liderar nosso país, ou estado, ou cidade, no caminho árduo do desenvolvimento sustentável, porque este simplesmente não tem visão.
Estamos há menos de 20 dias do 2º turno das eleições no Brasil e perdemos minutos preciosos dos famosos debates na TV comentando sobre atos corruptos de ambos os lados. Na disputa entre o ‘Sr. Burns’, sem carisma, e a ‘Sargento Tainha’, boneco de ventríloquo, ambos, e também os partidos que representam, tem o ‘rabo sujo’, e a novidade que era representada pela candidata verde (e amarela) morreu num 1º turno covarde, pois a tal onda só apareceu nas últimas semanas antes do pleito do dia 03 de outubro, graças ao crescimento apontado pelas pesquisas, e cujos vários apoios demoraram a ser declarados na ‘moça do Norte’... Agora estão todos a implorar por seus 20 milhões de votos, o que garantiria a vitória, de um lado ou de outro. 
O certo é que não há como chorar pelo leite derramado, e agora temos que escolher entre os dois que aí estão. Deus nos ilumine e nos capacite como cidadãos, para escolher bem, não nos baseando apenas em benefício próprio, em ações assistencialistas e eleitoreiras, mas avaliando as propostas e decidindo quem pode ser o ‘menos pior’, aquele que nos fará navegar num caminho de tranqüilidade e prosperidade nos próximos 4 anos, assim espero. A gente se fala...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Educação, dura missão...

            Uma das questões mais importantes em todos os âmbitos da eleição deste ano, pelo menos deveria ter sido, é com relação à educação. A dura missão do educador e o papel que este possui no mundo atual devem ser debatidos.
Em pleno ano de 2010, ainda guardo comigo um conceito que aprendi na infância: ...sem educação ninguém chega a lugar algum... nenhuma nação, nenhum estado pode pensar em progresso sem ter como um de seus pilares a educação... 
            Mas como falar em educação sem citar um de seus principais atores: o Professor, ou Educador, ou Ser Ensinante como também é chamado nos tempos modernos.
Se existe uma classe profissional que enfrenta dificuldades e sempre enfrentou ao longo do tempo, independente dos avanços da tecnologia ou da ciência, esta classe é a do educador.
            No tempo da minha avó, de nossos pais, o educador era responsável apenas pela formação intelectual do aluno. Fazer com que o mesmo fosse capaz de enfrentar uma prova, um teste, onde através do qual seria medido seu conhecimento e sua aprendizagem.
Hoje, além de ser mediador do conhecimento, o professor também precisa se preparar para novas funções como ser flexível, receptivo e crítico, inovar e pesquisar conhecimentos e novos caminhos que favoreçam a aprendizagem, trabalhar em equipe junto à comunidade educativa, ter sensibilidade para auto avaliar-se tendo como base o desempenho dos alunos, ser referencial de comportamentos ético e cívico, e zelar pelo cumprimento do seu trabalho, visando a qualidade de suas ações nas dimensões técnicas, humanas e políticas. Ufa...! Tudo isso, mas com pouco investimento e pouca estrutura.
            Depois de divagar sobre nossos deveres, eu pergunto: dá para cobrar isso de verdade de um professor no Brasil? Dá para esperar rendimento de um profissional que muita vezes, para ter um salário digno, precisa trabalhar nos três períodos? A minha resposta é simples: SIM, é possível...BASTA MUDAR O FOCO.
            Você deve estar pensando:...ele detona a categoria e depois diz que sim, que temos que vencer estes desafios, sem estrutura nenhuma?...  Diante da complexa realidade educacional de nosso País e no contexto da educação para o próximo século, eu penso que a solução é focar o nosso empenho e trabalho não mais no fracasso escolar e nas fraquezas que o processo apresenta, mas sim naquilo que nos traz alguma esperança: a educação em sua essência.
Tenho um primo, professor da Faculdade de Medicina, que já me dizia que uma vez que você prova do gosto da docência, do gosto de atuar como professor, nunca mais consegue largar. Eu costumo dizer em palestras e eventos dos quais eu participo, que o mundo é um grande palco onde cada qual dá o seu show, atua no papel que mais lhe atrai, ou mais lhe convém no caso dos políticos. A sala de aula é o meu palco preferido; ali sou ator, sou palhaço, sou psicólogo, sou cantor, sou um pouco de tudo, em busca da aprendizagem ideal do ser aprendente com que lidamos.
Sei que os dados não são animadores. Basta observarmos os índices internacionais e as posições que o Brasil ocupa em relação a eles, mas, independentemente disso, é preciso acreditar, sonhar, buscar, amar muito os alunos e nosso trabalho, e realizar mais e melhor em cada escola, em cada prática, em cada um de nós, com a sabedoria que vem somente de Deus. Espero que, independentemente de partido ou ideologia, os governantes que serão eleitos neste ano, olhem com carinho para a educação e lembrem-se daquela velha máxima: ... se um dia eles chegaram onde chegaram, é porque tiveram a atenção e o carinho da figura do mestre, e passaram pela escola... A gente se fala...